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Fotos | Divulgação
Soninha Silva é especialista na área e dá orientações no Instagram e WhatsApp voltadas para o sucesso do aleitamento materno
A palavra alimentar vem do Latim ‘alere’, que significa “fazer crescer”. E ter a oportunidade de proporcionar o desenvolvimento de um outro ser com qualidade é um ato não só de amor, mas também de satisfação. Com o pensamento voltado para isso, a enfermeira obstetra Soninha Silva, dá dicas sobre amamentação para mães e pais por meio de mensagens no Instagram e WhatsApp.
Na rede social ela criou o perfil @amamentareessencial e conta que a aproximação com as crianças existe há um tempo. Quando era adolescente foi babá e desde 2012, a catarinense presta este tipo de auxílio. São muitas trocas de experiências, entre algumas das mais recentes, ela foi procurada pela mãe de um bebê diagnosticado com síndrome de down, de um mês de idade, que estava tomando fórmula infantil:
“Ela confiou nas minhas orientações, no meu trabalho e nós conseguimos resgatar o aleitamento materno. Essa criança está mamando só no peito. Sendo que o pediatra tinha dito que ela não iria conseguir amamentar por conta da oro facial lenta da bebê.”
Rede de apoio
Miriam Oliveira, coordenadora do curso de Enfermagem da UNIASSELVI, alerta que a falta de suporte pode se tornar além de um obstáculo nesse período, um gatilho para interferência no sistema biológico:
“As maiores dificuldades estão em torno da rede de apoio, quando a mulher não se sente apoiada para amamentar ou há um descrédito na sua forma de amamentar, a mulher apresentará dificuldades até na produção de leite”.
Soninha atende famílias de todo o Brasil:
“Elas me ligam, tiram dúvidas. Sempre que eu posso eu respondo, às vezes não no mesmo horário porque estou atendendo. Mas eu nunca deixei uma mãe na “mão”.
As perguntas são bem pontuais e por isso ela consegue prestar assistência. Sobre ter ajuda durante o aleitamento materno, Miriam também fala da importância do pai, tanto para a mãe como para o nenê:
"Estar presente, será a melhor rede de apoio. Ele tem o papel de guardião da amamentação”.
Soninha deixa o número à disposição de quem quiser entrar em contato pelo WhatsApp (48) 9639.7777.
Dicas nutricionais
A coordenadora do curso de Nutrição, da UNIASSELVI, Camile Lais Rocha, dá algumas informações importantes sobre a primeira fase de alimentação:
- Até o sexto mês de vida, o leite materno é o alimento mais completo em nutrientes e adequado às necessidades fisiológicas do bebê;
- O leite materno supre as necessidades nutricionais do bebê até ele completar um ano de idade. Aos seis meses, é iniciada a alimentação complementar, entretanto, durante a fase de adaptação aos novos alimentos, o leite humano é considerado a base da dieta da criança;
- O leite materno oferece, além dos nutrientes como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais na quantidade e forma adequada, vários anticorpos para garantir a imunidade da criança;
- Se a criança não mamar no peito, primeiro é importante que a mãe realize um atendimento no Banco de Leite mais próximo ou procure uma consulta de amamentação. As fórmulas infantis só devem ser inseridas com orientação do pediatra ou nutricionista;
- A saúde física e emocional da mãe interfere no sucesso da amamentação. Além disso, a alimentação saudável e a prática de atividades físicas (conforme orientação médica) garante a nutrição da mãe e do bebê, além da qualidade do leite materno;
- Tirar leite para o nenê tomar depois não há prejuízos, porém, alguns cuidados são necessários: após a ordenha o leite deve ser transferido para um recipiente limpo e esterilizado, pode ser armazenado em geladeira por até 12 horas e antes de ofertar ao bebê deve ser aquecido até 37 graus em banho maria;
- O sabor dos alimentos consumidos pela mãe, passam para o leite materno e o bebê sente uma diversidade de sabores, com isso ao iniciar a alimentação complementar o bebê aceita mais facilmente os alimentos que a mãe consome;
- Para o sucesso da amamentação é preciso buscar informações ainda durante a gestação, possuir uma rede de apoio e priorizar a saúde mental e sentimento de segurança da mãe;
- O Ministério da Saúde recomenda que a amamentação ocorra até dois anos ou mais, dessa forma, não há um limite para a suspender o aleitamento materno.
Por Redação UNIASSELVI
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