Agricultor de 85 anos tira boa nota no Enem, se torna acadêmico da UNIASSELVI, e tem história contada na mídia
Desempenho no exame garantiu a matrícula de Carmelindo Gomes de Freitas no curso de História e repercussão na imprensa
O agricultor Carmelindo Gomes de Freitas, 85 anos, é um exemplo de superação que teve a sua história contada por diferentes veículos de comunicação. Ele conquistou a matrícula no curso de História por meio da nota no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). O acadêmico estuda no polo de Santo Antônio da Patrulha, localizado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul (RS).
Procurado primeiramente pelo repórter Hermogenes Silveira, do jornal Folha Patrulhense, Freitas viu sua trajetória começar a repercutir na mídia. Depois conversou com os jornalistas Tiago Boff e David Coimbra, ambos da Rádio Gaúcha. O bate-papo não ganhou só as ondas sonoras, mas também as páginas impressas e online dos jornais Zero Hora e Diário Gaúcho.
Aos 17 anos, quando deixou de lado o engenho de cana-de-açúcar para se candidatar a uma vaga, em uma fábrica, ele não imaginava que quase 70 anos depois estaria alfabetizado e inscrito em uma instituição de Ensino Superior. Freitas conta que na época levou quase quatro dias para preencher a ficha de seleção da empresa e treinava a grafia com os dedos no ar, como se estivesse diante de uma lousa.
O esforço valeu a pena e ele foi contratado. Mas a dedicação não foi apenas para conseguir o emprego, a vontade de aprender continuou acompanhando o gaúcho. Há 15 anos ele concluiu o ensino fundamental e o médio, e agora, celebra os estudos na UNIASSELVI.
“Não me sentia completo. Hoje, o meu ser transborda de alegria” explica.
Enquanto aguarda para realizar uma das avaliações na Graduação, ele comenta:
“apesar dos meus 85 anos, estou contando os dias para a formatura”.
Ressalta que “as coisas mudam e a gente também tem que mudar”. E revela mais:
“Era um sonho adormecido que eu tinha dentro de mim”.
Freitas está no segundo semestre e é matriculado na modalidade de Ensino a Distância (EAD). Para usar o computador nos encontros online com o tutor da turma, ele viaja uma vez por semana até a casa de uma das filhas – tendo sete filhos no total – na região da Grande Porto Alegre (RS).
Mesmo com o auxílio dos familiares para lidar com a tecnologia, ele diz que prefere as folhas impressas (sempre com o logo da UNIASSELVI). Pois assim tem mais facilidade para estudar, e consegue levar o material para onde for.
Informações Rádio Gaúcha
Fotos Lauro Alves | Agência RBS