A violência obstétrica na percepção das mulheres é tema da próxima MasterClass UNIASSELVI

21/03/2022 Acadêmico
Lara é graduada em Enfermagem, pós-graduada em Docência em Enfermagem e Mestre de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica
Crédito | Divulgação

Encontro será ministrado pela Mestre de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica Lara Louise Kloch 

A violência obstétrica acontece quando tratamentos desumanizados durante a gestação são realizados nas mulheres. Procedimentos não autorizados ou desnecessários estão entre as práticas. Segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última pesquisa aplicada entre 2011 e 20212, 45% das pacientes de rede pública sofreram esse tipo de agressão. Nos atendimentos particulares, os maus tratos correspondem a 30%. Apesar disso, o assunto é ainda pouco debatido no Brasil. Diante dessa realidade, a UNIASSELVI traz como tema da próxima MasterClass, A Violência Obstétrica na Percepção das Mulheres

No encontro, que será nesta quarta-feira (23), às 19h, no canal da Instituição no YouTube, a Mestre de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica Lara Louise Kloch, irá abordar como isso acontece e o que é possível fazer para identificar e prevenir a situação. A temática faz parte das pesquisas realizadas nos dois últimos anos por ocasião da realização do Mestrado de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em Portugal.    

A pauta recentemente ganhou um pouco mais de atenção pelo fato de uma influenciadora digital ter um áudio sobre o seu parto vazado nas redes sociais. Nele, ela descreve uma série de abusos cometidos pelo médico, como xingamentos, exposição da intimidade e tentativa de realização da episiotomia – procedimento cirúrgico que consiste em uma incisão no períneo (região entre o ânus e a vagina). 

Exemplos de más atitudes 

  • Maus tratos; 

  • Xingamentos; 

  • Mandar ficar quieta, não se mexer, não expressar dor, não gritar; 

  • Recusa de admissão em hospital ou maternidade (fere a Lei 11.634/07); 

  • Proibição da entrada de acompanhante (fere a Lei 11.108/2005); 

  • Recusa em esclarecer dúvidas da paciente; 

  • Uso de soro com ocitocina para acelerar trabalho de parto por conveniência médica, quando o trabalho de parto está evoluindo adequadamente (ocasiona processo doloroso de contrações não fisiológicas); 

  • Toques sucessivos e por várias pessoas; 

  • Deixar a mulher nua e sem comunicação; 

  • Raspar os pelos pubianos; 

  • Lavagens intestinais; 

  • Impedir a mulher de se alimentar ou ingerir líquido; 

  • Amarrar as pernas e braços da mulher; 

  • Afastar mãe e filho após nascimento só por conveniência da instituição de saúde; 

  • Impedir ou dificultar o aleitamento materno na primeira hora; 

  • Manobra de Kristeller (o profissional se coloca sobre a mulher e pressiona sua barriga empurrando o bebê pelo canal vaginal); 

  • Ruptura artificial da bolsa como procedimento de rotina; 

  • Realização de cesarianas desnecessárias, sem o consentimento da mulher ou apenas por conveniência do médico. 

 

Perfil da convidada 

Lara é graduada em Enfermagem pela UNIASSELVI, pós-graduada em Docência em Enfermagem na Unyleya e Mestre de Enfermagem em Saúde Materna e Obstétrica, pela Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, em Portugal. Atualmente, é Professora supervisora de estágio, no Senac, em Blumenau (SC).  

Serviço

O que: MasterClass | A Violência Obstétrica na percepção das Mulheres 

Quando: 23/3, às 19h 

Onde: UNIASSELVI no Youtube 

Valor: gratuito 

 

*Com informações de G1, Globo NewsNão se cale MS e Saúde Abril 

 

Por Redação UNIASSELVI 

 

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